O sanitarista José Carlos Temporão, ex-ministro da saúde do segundo mandato do ex-presidente Lula e fundador da Anvisa, é um dos médicos, cientistas, enfermeiros e profissionais da saúde que assinaram o mais recente pedido de impeachment de Bolsonaro.
Bolsonaro conta com mais de 60 pedidos de impeachmente, que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia sentou-se em cima e não analisou nenhum deles durante seu mandato.
O documento acusa o chefe do Executivo federal da prática de crimes de responsabilidade durante o enfrentamento da epidemia de Covid-19 no Brasil. É o primeiro pedido de impedimento recebido pelo recém-eleito novo presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).
O pedido é fundamentado no crime de responsabilidade por improbidade administrativa e nos crimes contra a saúde pública, como a propagação de pandemia e omissão de serviço púnlico.
O documento ainda acusa Bolsonaro de boicotar vacinas e interferência direta dele para impedir a compra de imunizantes e a “omissão na implantação de um plano nacional de combate à Covid-19”.
“Ao invés de trabalhar de modo integrado com governadores e prefeitos, de acordo com o que mandam tanto a lógica de nosso regime federativo, quanto a específica organização política e administrativa do SUS, o sr. Jair Messias Bolsonaro escolheu fazer da pandemia um palco para sua guerra contra potenciais adversários políticos, minando a indispensável cooperação federativa, criando tensão e sabotagem onde deveria haver colaboração, instigando a revolta da população contra prefeitos e governadores”, segue o documento.