O MP-AM (Ministério Público do Amazonas) pediu a prisão preventiva do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), por um suposto favorecimento de pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários na vacinação contra a covid-19. A ação foi apresentada na segunda-feira (25) ao TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas), que já se declarou incompetente e enviou o caso ao TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região).
Uma investigação do MP identificou a contratação de dez médicos, com remuneração de cerca de R$ 9 mil cada, para cargos de gerentes de projetos. Mas essas nomeações, todas feitas por Almeida, teriam como objetivo beneficiar o grupo, composto por pessoas com “ligações políticas e econômico-financeiras de apoio político e eleitoral ao atual prefeito”.
Como se sabe, profissionais da saúde são parte do grupo prioritário de vacinação contra o coronavírus. Além disso, continua o MP, as contratações aconteceram em 18 e 19 de janeiro, o que causa “a forte impressão de que a corrida para a formalização dos cargos ocorreu exatamente coincidindo com o momento [do início da aplicação] das vacinas”.
Segundo o órgão, teriam sido vacinados indevidamente um empresário, sua esposa e um advogado, além de: Shadia Hussami Hauache Fraxe, secretária municipal de Saúde; Luiz Cláudio de Lima Cruz, subsecretário municipal de Saúde; Sebastião da Silva Reis, secretário municipal de Limpeza; Stenio Holanda Alves, advogado e assessor I da Secretaria Municipal de Saúde; Clendson Rufino Ferreira, assessor II da Secretaria Municipal de Saúde; Jane Mara Silva de Moraes de Oliveira, secretária municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania.