O que seria genocídio para as pessoas mais simples, que normalmente têm grande dificuldade de compreender termos que estão mais ligados à história que ao tempo presente?
Quando se fala de povo, não há como deixar de contar com os que são realmente excluídos do processo capitalista e da sociedade constituída. A classe média é, por escolha bestializada, já a periferia, diferente do que se imagina no asfalto, o é por falta de escolha.
Nesse sentido, as pessoas com menos capacidade de compreensão das dinâmicas de estado e sociais, acabam por compreender apenas o que está no mundo concreto. Por exemplo, a corrupção é sempre reduzida entre rouba e não rouba, mas, jamais entre a motivação da corrupção que divide os grupos políticos entre a defesa do pobre e a defesa do empresário e/ou mercado financeiro.
Compreendendo que a realidade prosaica da imensa maioria das pessoas, não os permite compreender sequer o que um vírus, interpretar gráficos, ou números de infectados e mortes, resta apenas um princípio básico da formação mental do ser humano, a imitação e a comparação.
Na medida em que no Brasil as mortes chegam perto das pessoas e pandemia passa a ter nome, os número parecerão ressaltar, quando a maior parte das pessoas olharem para o mundo com número de mortes quase em zero, após uma vacinação que não ocorreu no Brasil.
Quando o Brasil ainda tiver mil morte por dia e no mundo e países com o mesmo nível de desenvolvimento tecnológico que o nosso estiverem quase zerados de morte, será a hora em que a ideia de que Bolsonaro é o culpado por milhares de morte e que a sua excentricidade não passa de um nazismo bananeiro, totalmente irresponsável.
Isso já está acontecendo no caso dos cilindros de oxigênio e do tiro no pé com insumos para a vacinação, bem como a importação da vacina de Oxford que viria da Índia.
O terceiro ano sempre foi o mais promissor para um impeachment, Dilma e Collor caiu no terceiro ano e mandato, por motivos distintos, mas, por dinâmicas de tensões políticas e desgaste com intensidade similares e causados pelos mesmos atores sociais, classe média e classe mídia.
Portanto, o futuro de Bolsonaro não parece tão promissor.