O Rio de Janeiro, celeiro do bolsonarismo miliciano, com o governador interino sem força política em nas mão do presidente Bolsonaro e um prefeito não reeleito, refém dos votos e acordos com o governo federal, o Rio não se preparou para a segunda onda. A coincidência entre a nova onda e a eleição jogou a capital fluminense em uma ilusão de conto de fadas, sinalizada pelo prefeito e bispo de igreja de Edir Macedo, Marcelo Crivella, que não nenhuma medida de combate à pandemia.
O “day after” das eleições, no Rio de Janeiro, é o símbolo da irresponsabilidade total de um prefeito bolsonarista que adiou medidas de ampliação dos leitos, para tentar a reeleição no segundo turno. O resultado criminoso está aí, o colapso da saúde carioca, com 90% dos leitos ocupados e 98% dos leitos de UTI igualmente ocupados.
Já a demoção de Witzel se deu em atuação direta do governo federal, em momento totalmente inoportuno, por ação direta na Polícia Federal liderada por um “pau mandado” de Jair Bolsonaro. O vice, ao assumir, foi beijar a mão do presitente.
Para piorar, a agora privatizada Cedae tem uma bomba da elevatória de Piraí fora de funcionamento. Ou seja, mais de 1 milhão de pessoas totalmente sem água, em meio à pandemia que exige mais higiene que o normal. O discurso na empresa privatizada é de que está realizando rodízio de fornecimento de água no Rio de Janeiro inteiro, mas, só falta água na zona norte. Ironicamente, na oeste, dominada pela milícia e nas zonas sul e centro, mais ricos, não falta água.
O Rio de Janeiro caminha forte para enfrentar um caos sanitário sem precedentes, se tornando mais um exemplo, ao lado do Amapá, do poder de destruição do bolsonarismo bananeiro.