Moro é mesmo o mais previsível dos previsíveis. Logo que ele saiu do governo Bolsonaro fazendo aquele teatro todo, nós do A Postagem já tínhamos avisado que Moro, durante o tempo em que esteve no governo, já tinha feito um dossiê para usar contra Bolsonaro numa possível disputa eleitoral em 2022.
E que, na surdina, vazaria para a mídia o caminho das pedras. O que parece é que ele mudou de ideia e resolveu ele próprio tentar recuperar a aura de paladino da justiça para os tolos, denunciando a organização criminosa para a qual prestou serviços como capanga, vide a prensa que ele deu no porteiro do condomínio de Bolsonaro para mudar a versão do seu depoimento sobre a casa 58 do Seu Jair no dia da morte de Marielle.
E o cínico ainda tem coragem de dizer que saiu do governo porque Bolsonaro queria instrumentalizar a Polícia Federal. É um piadista esse rapaz.
Agora, vai soltando a conta gotas o que sabe, não só contra Bolsonaro, mas também contra ministros militares, o que não deixa de se mais uma desmoralização para as Forças Armadas já tão desmoralizada por Bolsonaro.
O fato é que Bolsonaro, informado, possivelmente por esses mesmos ministros palacianos que o traíra de Curitiba estava armando um mata-burro para derrubar o cavalão, Bolsonaro resolveu dar fim ao casamento dos dois sem vergonha que daria uma bela dupla sertaneja, “vigarista e sem vergonha”.
O problema de Moro, como de todo malandro agulha, é acreditar que todo mundo é trouxa, que não sabia exatamente como ele contava os passos do seu pulo, assim como quem pratica salto triplo ou à distância, sem se preocupar que o cretino não conseguiu dar um único salto que não queimasse logo na largada.
Agora ele está aí, dizendo que alguém disse, que alguém falou, pergunta aos generais, ao estilo, siga o dinheiro, como se o próprio não soubesse disso e que, possivelmente, participou de tudo e, agora, dá uma de alcaguete bem aos moldes dos piores ratos da história.
E preparem-se, daqui por diante até 2022, Moro vai soltar um balão atrás do outro contra o vigarista que ele praticamente colocou na presidência, prendendo Lula sem provas.
Agora é esperar que o ex-fã clube de Moro, Augusto Nunes, Ana Paula do Vôlei, Constantino e Fiuza, defender o Carluxão.
*Carlos Henrique Machado Freitas