Sem luz, em estado de convulsão social, com as eleições adiadas, vivendo um profundo desabastecimento de água e alimentos, o Amapá é o símbolo do futuro do Brasil bolsonarista.
Nada mais exemplar quanto à privatização, que a empresa energética que fornece energia para o estado que é obrigado a comprar energia da Venezuela. Privatizada e comandada por uma empresa espanhola que enfrenta recuperação judicial e processada na África pelo mesmo problema ocorrido no estado brasileiro, o caso do Amapá é didático como exemplo de que a privatização piore e muito a qualidade do serviço fornecido.
“Nunca antes na história desse país” um estado ou capital ficou sem luz por mais de 48 horas. O que o golpe de 2016 promoveu no Brasil foi total desmonte dos sistemas de fiscalização, em especial, no governo Bolsonaro. A ideia era que o desmonto do estado traria facilidade para que o mercado avançasse sobre os serviços públicos e o agro ampliasse terras cultiváveis com queimadas e destruição das florestas. O planejado deu certo, agora, restam os efeitos colaterais.
Há uma contagem regressiva para que a “pólvora” exploda e o desmonte promovido pelo bolsonarismo nazista chegue às ruas, como chegou no Amapá. A eleições, para se ter uma ideia, foram adiadas, segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, por convulsão social e não por questões tecnológicas, já que as urnas podem ser equipadas com baterias extras.
Trata-se de um desastre civilizacional inciado pela privatização do sistema Eletrobras, iniciado por Michel Temer somado à destruição do estado, iniciado por Bolsonaro. É um Xeque-mate no país que há poucos dias prometeu pólvora contra os EUA. A ampulheta está virada.