O sistema de eleitoral americano, além de velho, arcaico e frágil, é complexo e de difícil compreensão. Por lá, os eleitores voltam por estado e o candidato que vencer, no estado, leva todos os delegados, o que representa todos os votos do estado. Ou seja, mesmo que um determinado candidato alcance 49,99% dos votos válidos, todos esses votos são rasgados, caso o primeiro colocado alcance 50%. Ou seja, grande parte dos votos são rasgados, o que resulta na possibilidade de vitória de um candidato que não tenha o apoio da maioria da população.
Nesse sentido, Biden, que já conta com a maioria dos votos, tem que conseguir a maioria dos delegados, que seria superar o número mágico de 270 delegados. Com a vitória no Michigan, que fornece 16 delegados, o candidato democrata chega bem próximo do número dito mágico. Biden tem 264 delegados, restando apenas 6 delegados.
O democrata precisa de apenas um estado, nesse caso, Nevada, que fornece 6 delegados, o exato número necessário, onde Biden lidera por apenas 8 mil votos e é o único estado em que o democrata tem chance de vitória, dos que ainda restam totalizar votos e/ou projeções.