Para a campanha de Bruno Covas, a associação da imagem de Russomano a de Bolsonaro foi altamente prejudicial ao candidato bolsonarista. Disso, nasse a percepção de que é melhor ir para o segundo turno com quem tem grande rejeição e teto baixo.
A questão é que o derretimento de Russomano pode resultar em duas hipóteses, no ponto de vista dos tucanos. Um, segundo turno com Guilherme Boulos e dois, segundo turno com Márcio França.
Caso seja Márcio França a herdar os votos do derretimento, na compreensão do eleitorado, será o voto entre dois quase iguais.
Já no caso de um segundo turno com Boulos, a questão seria mais complexa, já que os votos de França, tem grande viés de seu partido, o PSB, que é de esquerda. Na prática, França tirou os fotos progressistas de Bruno Covas e os mais moderados de Boulos e de Jilmar Tatto. Ou seja, a tendência é que os votos tanto de Tatto, quanto de França, migrem para Boulos, em um possível segundo turno. Já os de Russomano, têm grande chance de se dividirem, com tendência “antissitêmica”, nesse caso, Boulos.
Mas, o derretimento de Russomano é certo, bem como a baixa consolidação dos votos de Bruno Covas. Veja os dados abaixo:
Comparação entre os números convencionais e os da pesquisa espontânea. (dirigida / espontânea – diferença)
- Bruno Covas (PSDB): 23% / 13% – 10%
- Calso Russomano (Republicanos): 20% / 10% – 10%
- Guilherme Boulos (PSOL): 14% / 11% – 3%
- Márcio França: 10% / 5% – 5%
Os números apontam que quanto mais conhecida é a campanha de Boulos, maior o seu crescimento. Ou seja, o candidato do PSOL carece, de publicidade, por pouco tempo de TV e campanha muito curta. Por isso, têm a menor diferença entre a espontânea e dirigida.