Parece piada, mas não é. Luiz Antônio Bonat, o juiz que vestiu a camisa do time, como queriam os procuradores da Lava Jato, fato revelado em gravação de voz própria do chefe da Força-tarefa, Dallagnol, acaba de confirmar o conteúdo da gravação revelada pelo Intercept, aceitando uma denúncia dos procuradores que exigiram do juiz submissão total e, mais uma vez e sem qualquer prova, transforma Lula em réu.
A mesma história funesta de que Lula comandou a maior quadrilha da história do universo, que contava com curupiras, sacis, mãe d’água e por aí vai.
A essa altura do campeonato, em que as instituições do Brasil evaporaram pelo calor dos interesses da elite brasileira, essa notícia soa como piada cansativa e remodelada e, certamente, não causa nenhum impacto na sociedade que já vê a Lava Jato como de fato é, uma operação policial formada por um bando de cretinos do Ministério Público e Polícia Federal, comandada por um juiz corrupto e ladrão, como muito bem definiu o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) na sabatina de Moro na Câmara dos Deputados, de onde este saiu mudo, acovardado e com o rabo entre as pernas, porque não tem autoridade moral para desmentir o grande deputado.
O caminho foi somente um, fugir pela porta dos fundos. O resto é isso aí, mais uma tentativa da gangue de Curitiba de ressuscitar do seu túmulo depois de uma vexatória desmoralização pública.
Bonat tem uma gravação de Lula orquestrando ganhos para empreiteiros como o Intercept tem de Dallagnol orquestrando a manipulação do substituto de Moro?
Obs. Até eu que sou um dos mais bobocas seres da terra, sei que é uma tentativa de Moro ainda utilizar a Lava Jato como plataforma política para 2022.
Nota da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da aceitação pela 13º Vara Federal de Curitiba de mais uma acusação sem base contra o ex-presidente:
“A decisão proferida hoje pela “Lava Jato de Curitiba” é mais um ato de perseguição contra o ex-presidente Lula porque aceitou processar mais uma ação penal descabida, que tenta transformar doações lícitas e contabilizadas para o Instituto Lula – que não se confunde com a pessoa do ex-presidente – em atos ilícitos, durante o período eleitoral, em evidente prática de “lawfare”. A mesma decisão desconsidera que Lula já foi definitivamente absolvido pela Justiça Federal de Brasília da absurda acusação de integrar de uma organização criminosa, assim como desconsidera decisão do Supremo Tribunal Federal que retirou da Justiça Federal de Curitiba a competência para analisar o assunto. Por tais motivos, dentre outros, a decisão será impugnada pelos meios legalmente cabíveis”
Cristiano Zanin Martins
*Carlos Henrique Machado Freitas