Humilhou, mas, saiu humilhado. Bolsonaro ou Pazuello, quem saiu pior do caso da vacina chinesa?

Humilhou, mas, saiu humilhado. Bolsonaro ou Pazuello, quem saiu pior do caso da vacina chinesa?

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Humilhado por bolsonaristas nas redes sociais, Bolsonaro humilhou o general das Forças Armadas para ser exaltado pela camarilha fascista.

É nítido que o clima de intriga criado em torno da vacina atende a interesses de quem quis promover o recuo humilhante de Bolsonaro que repassou publicamente a fatura para Pazuello e, por osmose, para as Forças Armadas, deixando claro que, se os militares não tomarem uma atitude minimamente honrosa, ficarão marcados como quem se humilha por boquinhas, o que, por extensão, ficará carimbado na testa do ministro da Saúde.

O que foi feito nesta quarta-feira não foi obra de gado, mas de sociedade secreta composta por poucos que se manifestaram contra o acordo do ministério da Saúde com o Instituto Butantan no caso da compra da vacina chinesa CoronaVac, que obrigou Bolsonaro a ficar de joelhos para essa facção que, possivelmente, é comandada pelo próprio Carluxo.

Bolsonaro, covarde como é, cedeu.

Algo parecido já havia ocorrido com o general Santos Cruz no embate com o clã Bolsonaro, e o general foi obrigado a sair do governo para não ser ainda mais humilhado.

O fato é que Bolsonaro transformou-se num refém de sua própria horda que sabe de sua debilidade e, por isso, diante de escândalos de corrupção envolvendo toda a família, somado à tragédia que é seu governo que mostra que é doente e fraco e está nas mãos do mercado. Por isso, obrigaram Bolsonaro a se humilhar, humilhando o general Pazuello.

Se tivesse um mínimo de dignidade, Bolsonaro transformaria a tentativa de humilhação dessa camarilha em coragem de peitar a turba. Mas como é um presidente que não governa, e sim, vegeta na cadeira da presidência, afinou. E as consequências de sua covardia lhe custarão cada vez mais desrespeito, expondo a sua fragilidade política.

Esse fato dá bem a medida de como Bolsonaro negocia com os Estados Unidos, ou seja, olhando de baixo para cima, a ponto de quase quebrar o pescoço.

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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