Quem é Jilmar Tatto? Essa é uma pergunta que quase ninguém sabe responder ao certo, dado o desconhecimento do candidato do PT, agora, apoiado por Lula. É certo também que a imagem do ex-presidente Lula, ao lado de Tatto, na campanha pela prefeitura de São Paulo, tirou o candidato desconhecido do atoleiro do 1%.
Outro fator importante é que o PT é o partido de maior popularidade em SP, com mais de 30% da simpatia do eleitorado. Se Tatto permanecesse atolado, seria um demérito muito grande, não do partido e tudo que simboliza, mas, de quem o comanda, já que existe uma opção que, aparentemente, até o momento é mais viável.
O candidato do PT ainda sofre com a imagem de Guilherme Boulos, que é mais conhecido e visivelmente mais próximo do ex-presidente Lula. Ou seja, reiterando, tirar o insosso do Jilmar Tatto do 1% é um feito.
Para compreender a dimensão do resultado dos dois últimos Ibopes, Tatto teve 300% de crescimento. Ou seja, triplicou a quantidade de votantes.
Outro ponto importante, é que seu crescimento não removeu votos de Boulos, que também elevou 2 pontos entre as duas pesquisas.
Dá pra animar? É óbvio que não! A campanha eleitoral se tornou algo ridiculamente curto, o que é péssimo para democracia, que anula a discussão sobre o o próprio futuro, reduzindo a poucos dias. Mas, se quem estiver esvaindo for Márcio França, a disputa por um segundo turno será anulada pela divisão entre o eleitora de Boulos e Tatto. No final, o segundo turno será entre um bolsonarista e um tucano e o PT terá entregue à direita, novamente, a direção da maior cidade da América Latina.
Mas, dizem que as derrotas podem preceder o crescimento. Pois é, Boulos queria ser candidato pelo PT e não pelo PSOL, o problema foram os medalhões que se dizem donos do partido. Esses é que deveriam estar bem longe dos trabalhadores.