Fala de Robinho, em entrevista, é típica de quem não considera sexo com pessoa inconsciente, estupro.

Fala de Robinho, em entrevista, é típica de quem não considera sexo com pessoa inconsciente, estupro.

Compartilhe

Em plena década de 20 do século XXI, ainda existem homens que não consideram o sexo com uma mulher embriagada e inconsciente algo normal. A entrevista do jogador Robinho ao UOL, que durou 40 minutos, foi o que se esperava, uma série de explicações em alegação de inocência.

Normal que Robinho alegue inocência, mas, uma fala é importante ser destacada:

“Eu me arrependo de ter traído a minha esposa. Esse é meu arrependimento. Em relação às frases que saíram, fora de contexto e para vender jornal e revista… Obviamente que eu mudei muito de sete anos pra cá, isso aconteceu em 2013 e eu mudei para melhor. A questão é: qual foi o erro que eu cometi? Qual foi o crime que eu cometi? O erro foi não ter sido fiel a minha esposa, não cometi nenhum erro de estuprar alguém, de abusar de alguma garota ou sair com ela sem o consentimento dela”, afirmou.

Se esse trecho for posto em conjunto com outras falas do jogador, em especial o que foi vazado na gravação, em que o próprio jogador admite não estar “nem aí” para a vítima, por que estava embriagada, ou inconsciente, cria-se um conjunto importante na interpretação dos fatos, pelo jogador.

Primeiro, Robinho considera que o que fez é normal, por que, segundo ele, na entrevista, não teria penetrado. Segundo, Robinho demonstra desconsiderar que o sexo sem consentimento, seja ele a modalidade que for, é considerado estupro. Terceiro, ao afirmar que se arrepende unicamente de ter traído a sua esposa, demonstra frieza em relação à vítima, dado que participou, segundo a visão do jogador, ao menos do contato entre os amigos e a vítima.

Obviamente, se Robinho é culpado ou não, é uma questão que cabe somente aos envolvidos e à decisão judicial já expedida na Itália. Obviamente, o fato de se tratar de um jogador brasileiro e negro, julgano na Itália, um país que passa por período altamente xenofóbico e racista, pode ter corroborado para a sua condenação e são fatos, que não nos cabe juízo de valor.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: