Seria correto afirmar que o nível de desemprego recorde é culpa da pandemia? Óbvio que não. A questão é que os dados divulgados pelo IBGE, com elevação de 44% do desemprego na pandemia tem relação direta com a forma desastrosa como Bolsonaro encarou o combate aos efeitos econômicos do isolamento social.
Primeiro, Bolsonaro decidiu negar o risco da Covid-19.
Depois, o presidente decidiu por uma ajuda ridícula de R$ 200,00, mantendo o discurso ultra-liberal de Paulo Guedes, mas, nem editou uma medida provisória sequer. O tempo necessário para que uma lei fosse aprovada nas duas casas do congresso, fez com que a pandemia fizesse uma devastação no emprego. Bolsonaro só pagou o Auxílio Emergencial por que congresso mandou que fosse o valor de R$ 600,00.
Para piorar, o programa de empréstimos para garantia de emprego em micro, pequena e média empresas, não chegou à ponta, já que a linha de crédito era concedida pelos bancos privados, que exigiam uma série de garantias que durante a pandemia era impossível. Com isso, o desastre estava desenhado.
A taxa de desemprego foi de 10% para 14,4%, que é recorde histórico.
Ao contrário do que se imagina, a flexibilização do isolamento tem ampliado o desemprego, na medida em que as pessoas passam a procurar alguma ocupação e os dados do IBGE são referentes às pessoas que estão em busca de emprego.
No ritmo em que o desemprego vinha caindo, só retornaremos ao mesmo nível de emprego de antes da pandemia, em no mínimo 5 anos.
Ronildo Lucena
outubro 17, 2020 at 4:21 pmQual foi o Conselho passado pela mídia desde o início da covid 19?
Pelo o que ouvi nas mídias televisivas e todas as demais, como redes sociais, sempre foi fiquem em casa! como que os empresários
iriam segurar essa onda de pagar aos funcionários sem os mesmos não estarem trabalhando?
Agora toda a culpa é do governo!!!