Puxadas pela ideia de predestinação divina do bolsonarismo crente, pastores e sacerdotes evangélicos partiram para a política, na ânsia por tomar o estado. São 885 candidaturas, ao todo, a maior quantidade desde 2008.
Além dos 885 que se declararam pastores ou tendo como principal atividade profissional como sendo ligado a alguma igreja, o total é de 6,5 mil candidatos que utilizam algum nome ligado à igreja, como pastor, bispo, padre, reverendo, ou algum que os ligue à religião.
Somente no partido Republicanos, legenda de aluguel do Bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus, são 300 candidatos diretamente ligados a igrejas. Veja a lista abaixo.
O recorde é um péssimo sinal para a democracia brasileira, já que o resultado pode ser a ocupação recorde de pastores e fundamentalistas religiosos, em câmaras municipais e, no futuro próximo, no congresso. Dado que o Brasil é um país laico, ou deveria ser, seria um sinal de tempos sombrios, quase medievais.