Manaus foi uma das primeiras localidades do Brasil a registrar o crescimento descontrolado da pandemia de Covid-19, ainda em março, seria óbvio que registrasse a segunda onda de contaminação antes de demais localidades do país.
A capital amazonense serviu de exemplo negativo na saúde, na primeira onda, já que foi um dos poucos locais em que o sistema funerário e público de saúde colapsaram. O péssimo resultado no combate à pandemia não veio por acaso, foi devido a uma privatização inédita dos hospitais públicos que levou a falta de investimento, dentro da visão do lucro máximo.
Segundo pesquisa da FIocruz, Manaus estaria vivenciando, nesse momento, a segunda onda pandêmica e que a única saída para evitar novo colapso sanitário seria o lockdown já, no início da onda.
“É indubitável que estamos em uma segunda onda em Manaus, que estamos tendo um elevando número de hospitalizações por casos graves de síndromes respiratória aguda grave. Esse tipo de cenário epidemiológico em que se tem a Prefeitura aumentando os atendimentos nas unidades básicas de saúde, você tem o governo do estado aumentando o número de leitos para internação por casos suspeitos e confirmados de covid-19, é completamente incompatível com a tese de que temos imunidade de rebanho”, disse o pesquisador Jesem Orellanda.