A pesquisa Ibope divulgada ontem (20), mostrou que Bolsonaro tem 47% de rejeição entre os paulistanos, contra apenas 27% de bom e ótimo, na capital paulista. Ou seja, o apoio do presidente é menos relevante que angariar sua rejeição, o que reflete diretamente no fato de Boulos estar na terceira posição.
Em São Paulo, a imagem de Jilmar Tatto é irrelevante, enquanto Boulos esteve ao lado de Lula o tempo inteiro, durante o período em que o ex-presidente esteve preso em Curitiba. O resultado mostra que o momento pode ser mais favorável à esquerda, que nas eleições anteriores e apresenta uma realidade reversa à rejeição à própria esquerda criada pelo lavajatismo.
A associação da imagem de Boulos a Lula o colocou como líder natural do pensamento progressista em São Paulo e a rejeição a Bolsonaro deve seguir à sua campanha e não do insosso e rejeitado (inclusive dentro do próprio PT), Jilmar Tatto.
Celso Russomano, que buscou o apoio de Bolsonaro e também Márcio França, que buscou aproximação com o presidente, devem lutar pela herança dos 27% dos que consideram o presidente “bom e ótimo”. Portanto, Russomano tende também a naufragar até o final da eleição paulistana, como sempre ocorreu.
Boulos tem na rejeição e na oposição frontal a Bolsoanro, se colocando como antagonista principal ao bolsonarismo, o norte de uma campanha que começa a ter chance de ir ao segundo turno.
Luiz Carlos
setembro 21, 2020 at 7:53 pmO mesmo pode acontecer no RJ com Benedita que cresce e pode ir ao 2° turno. Mesmo que não sejam os candidatos ideais devemos apoiá-los. Crivella, apoiado por Bolsonado, e Witzel têm grande rejeição no Rio e Eduardo Paes pode perder o lugar na justiça.