Obviamente, o esporte brasileiro sempre teve o comportamento reprovável, do ponto de vista político. Desde a seleção brasileira de 1970, aos atletas do próprio vôlei que, salvo exceções, têm postura de direita ou extrema-direita, se colocam ou de forma apolítica, ou ao lado da direita, ou extrema-direita. Não é de hoje que se cobra postura da maioria dos atletas brasileiros, o que demonstra que o movimento “Democracia Corinthiana”, no início dos anos 1980, foi uma exceção muito feliz à regra.
A confederação brasileira de vôlei (cbv) (escrito em minúsculo de propósito) simplesmente repudiou o grito da medalista de bronze Carol Solberg (Assista), “Fora Bolsonaro”, na etapa de Saquarema, do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Carol simplesmente protestou com propriedade de causa e em defesa, especialmente do esporte brasileiro, já que Bolsonaro extinguiu o “bolsa atleta” e os investimentos do governo na promoção do esporte olímpico.
Para piorar, a cbv usou um termo racista em sua declaração. A cbv disse que a etapa de retorno da pandemia foi “manchada por um ato totalmente impensado praticado pela referida atleta”. A confederação continuou, destacando que “tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados”.
O termo “denegrir” é tido como racista, por que significa tornar negro e no texto é posto como algo que destrói a imagem da confederação. Portanto, nas palavras da cbv, tornar negro é algo de destrói a imagem da entidade.
Vale lembrar que a entidade que dirige o vôlei brasileiro é patrocinada pelo Banco de Brasil há anos e nesse governo, tudo que vai contra ele perde verbas, é perseguido, ou atacado. Ou seja, como ficariam os dirigentes da cbv, com a perda de milhões oriundos do banco estatal dirigido por bolsonaristas fundamentalistas?