Com discurso negacionista sobre o aquecimento global, a ciência e a pandemia, Bolsonaro visita Sorriso, no Mato Grosso, cidade que fica no limite entre o serrado e a Amazônia, onde se vê o sol se pôr em tons marrons e sem brilho, devida às queimadas e temperaturas elevadas jamais vistas no período. Sorriso enfrenta onda de calor inédita, com termômetros marcando mais de 40 ºC e a população espera de forma ansiosa por uma gota de chova, que não vem.
A nuvem de fumaça repleta de carbono encobre a cidade e torna o ar insuportável. Esse foi o ambiente ao qual Bolsonaro falou que:
“Ficar em casa a para os fracos.” Em relação à pandemia.
O misto de estupidez com machismo idiota é a síntese do negacionismo crente, repleto de teorias conspiratórias e arrogância típica dos ditadores bananeiros.
Para se ter uma ideia, Bolsonaro chegou a publicar em redes social que seu avião havia arremetido, por pouca visibilidade. Obviamente, não disse que o motivo era as queimadas, aos quais seu governo nega ser ineditamente elevado.
Em 16 anos vivendo no município, entretanto, o geógrafo Weriton Queiros, de 28 anos, diz que nunca viu nada parecido. “A sensação era de sufocamento”, conta.
“Estava tão escuro que eu achei que já passasse das seis da tarde”, conta. “O sol tava alto no céu e não tinha brilho. Dava pra olhar sem ‘manchar’ a vista.”
Na hora crítica do planeta, parece que a população escolheu o que de pior tínhamos em termos de humanidade, um Bolsonaro e um Trump. Pagaremos caro por isso.
*Com informações do UOL