Paulo Guedes/Bolsonaro culpa o pobre pelo preço do arroz. Estaria comprando muito.

Paulo Guedes/Bolsonaro culpa o pobre pelo preço do arroz. Estaria comprando muito.

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Há uma lógica simples entre a relação de oferta e demanda. Quando a demanda é muito elevada e a oferta não acompanha, o preço do produto sobe, mas, o inverso também é verdadeiro. Quando a oferta do produto caiu muito e o consumo também cai, porém, em ritmo muito inferior à queda da oferta, o preço também se eleva.

Na verdade, o que Paulo Guedes e Bolsonaro conseguiram, foi uma proeza poucas vezes vista no mundo ocidental, consumo em baixa, renda em queda, alto desemprego e os alimentos básicos do brasileiro em forte elevação. Ou seja, queda no consumo e desabastecimento do arroz, feijão e óleo.

O que ocorreu, diferente do que Paulo Guedes diz, é que os agro, que não é pop, preferiu exportar e deixar o povo a míngua. Mas, onde estão as reservas estratégicas de grãos, que o governo tinha. Acabou! E acabou por que Bolsonaro abandonou a política se segurança alimentar. Guedes, em sua imensa cabeça de planilha acha que o mercado é capaz de se regular e por isso, não necessita de reservas estratégicas de grãos. O resultado está aí, alimentos caros, governo sem capacidade de regular o mercado e fome aumentando.

Nesse cenário catastrófico da economia de “liberdade” econômica, Paulo Guedes chega a ser cínico ao afirmar que a culpa da elevação do preço alimento ser do pobre, que está comprando muito. Faz lembrar a afirmação pré-eleitoral desse mesmo cidadão economista de “meia pataca”, a de que o salário mínimo está muito elevado. Disse:

“Os mais pobres estão comprando, estão indo no supermercado, estão comprando material de construção. Então, na verdade, isso é um sinal de que eles estão melhorando a condição de vida”, afirmou Guedes, afirmando que houve uma “enxurrada de dinheiro” paga a famílias de baixa renda durante a pandemia, como o auxílio emergencial de R$ 600 e o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“A pauta de consumo dos mais vulneráveis e dos mais frágeis é justamente a alimentação e a construção da casa própria. Então está havendo um boom da construção na baixa renda e nos supermercados”, disse o ministro em videoconferência com a Telecomunicações do Brasil nesta terça-feira (15).

E tem gente que acredita nessa baboseira.

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