O Negacionismo assassino

O Negacionismo assassino

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Neste 7 de Setembro não teve desfile da Independência, mas teve desfile do negacionismo irresponsável de Bolsonaro que expôs crianças e circulou sem máscara. (Saul Leblon – Carta Maior)

Brasil, 7 de setembro de 2020: 126.600 mortos pelo coronavírus e um Presidente da República insano que tem tara pela morte.

Quando se olha uma foto como a que está em destaque, um carro presidencial abarrotado de crianças, mede-se não apenas a irresponsabilidade de um genocida, mas o tamanho de uma ferida da ditadura que nos brinda até hoje com essa cicatriz chamada Bolsonaro.

No carro, Bolsonaro bufando como um bicho, exibe seu enfrentamento à ciência, à racionalidade, à civilização. É a barbárie de terno e gravata numa exibição fúnebre do Brasil em pleno 7 de setembro.

Nas raias da irresponsabilidade e da afronta, Bolsonaro expõe crianças, hoje, principais vítimas de uma depressão coletiva provocada pela pandemia, sem falar das que perderam a vida para a Covid-19.

Mas Bolsonaro parece se divertir no lodo em que o país vive, lugar que ele sempre transitou bem na política.

O Brasil, que atravessa um momento único no mundo, o de recessão com inflação, tem que conviver com cenas toscas de um sujeito colocado na presidência pela burguesia tão irresponsável quanto ele para ampliar seus lucros nas costas dos trabalhadores brasileiros, mostrando que tipo de classe dominante habita o Brasil e como essa casta opulenta não tem o menor interesse ou responsabilidade com a infância.

O que interessa é o lucro imediato, a vantagem, a avareza, a ganância e a ambição. O resto é secundário.

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto: Claudio Reis/Estadão

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