Antes de qualquer argumentação, se houve ou não uma facada em Bolsonaro, não importa, o fato é que esse suposto atentado, com ares estranhos de conspiração levava o Brasil à vitória da maior farsa eleitoral de sua história, a campanha que elegeu o “mito”.
Distantes de fatos como os supostos encontros entre Flávio Bolsonaro e o autor da suposta facada, Adélio Bispo, no stand de tiros, outros fatos não explicados, como os médicos que atenderam o candidato, o tiroteio no estacionamento do hospital que atendeu Bolsonaro, envolvendo policiais paulistas e mineiros, até a desconfiança da existência de um câncer de intestino, pairaram sobre as teorias conspiratórias para afastar o candidato dos debates.
Que Bolsonaro é incapaz de debater e ao falar relincha em pública, também não é novidade. Como, então, uma pessoa tão estúpida poderia vencer uma eleição? A resposta está na frase repetida pela classe média e ouvida nas dependências do Aquidabã “Iate Club” de Angra dos Reis. “Ele é tosco, mas, é honesto”, diria um artista plástico conhecido, que delirava entre falas envergonhadas.
“Tosco, mas, honesto”, cabe direitinho no clima criado pela Lava Jato. A estratégia criada por Steve Bennon para Trump e Bolsonaro, só poderia dar certo se o mito não relinchasse em público. A facada foi a farsa perfeito para demovê-lo dos debates e o povo caiu. A farsa, portanto, reside na não participação nos debate e não no questionamento se houve ou não uma facada. Para a eleição é até irrelevante, já que a não participação em debates fez com que o brasileiro comprasse um produto de marketing quase perfeito, com “mamadeira de piroca” e “kit gay” pela “proa”.
Passados dois anos, com pandemia, crise econômica e refluxo da Lava Jato, não cabe mais questionamento. Bolsonaro, com facada, mito, clã, milícia, Queiroz, rachadinha, loja de chocolate, assassinatos, cheques e 89 mil, tudo isso não passa de uma farsa e “você acreditou”, nesse caso, quem votou no mico.